30 julho, 2012

teias

nem sei quanto tempo faz que não escrevo por aqui. Me desculpem os que me acompanham. Tanta coisa mudou de uns tempos pra cá que eu nem sei por onde se começa.
eu fiz aniverssário. E fui tomada pela sensação mais estranha do mundo. Os 19 anos. Caia fora daqui se você pensou em dizer que eu ainda tenho muito pra viver. Ah, eu sei que tenho. Ninguém precisa dizer mais isso depois que você passa dos 15 e percebe que uma espinha não é o fim do mundo e que o cara não broxou necessariamente porque você não é gostosa.
Acho que com 19 anos eu encerrei uma fase da minha vida, que deve ter começado aos 15. A fase mais insegura. Eu mudei muito, meu corpo mudou muito. Meu numero de piercings cresceu, e eu sinto vontade de colocar mais. Eu me tornei a namorada submissa e percebi que era a pior merda do mundo e me libertei com muita dor de um sentimento que só me machucava. E encontrei alguém diferente e ai vem o próprio preconceito que eu tinha com idade. Alguém com a mesma idade que eu, mas que cresceu na marra depois de perder o pai.
Eu larguei o cigarro, diminui a bebida e provavelmente dobrei a cafeina na minha vida. 
Eu cometi meus erros e aprendi com eles, mas muito além disso eu me tornei eu mesma. A cada passo que eu dei eu me afastei do que as pessoas queriam que eu fosse pra o que eu realmente queria ser. Eu não trai o punk ou o grunge. Eu larguei o all star pelo salto pra ser levada a séria pelo meu chefe, mas ainda me jogo na roda punk de calça rasgada nos fins de semana. 
Eu me apaixonei de novo por alguém que simplesmente aceita. Aceita que eu escrevo pra quem quiser ler, aceita que eu sou comunicativa e converso com todo mundo. Aceita que eu sou cheia de defeito, mas de qualidades também. Eu encontrei alguém que eu aceito. Alguém com quem eu consigo conviver perfeitamente com os defeitos salvo algumas pequenas brigas. 
Eu conheci meu corpo. E foi o mais essencial pra todas as outras mudanças. Eu aceitei que eu não ia ser uma magrela de passarela, que as minhas covinhas nas costas seriam discretas do jeito que são mesmo, eu aceitei que eu sou ossuda, e que meus peitos são desse tamanho e fim. E que alguns caras são vão se interessar por eles e que não é errado, dependendo do que eu estou procurando, mas vai ter o cara que vai se interessar pelo que eu falo. E pela primeira vez eu decidi que eu não queria emagrecer porra nenhuma que eu queria ser meio gordinha mesmo. 60 kilos não é nada e eu aceito ter um pouquinho de gordurinhas na minha cintura pra continuar tendo o resto do corpo que eu aprendi a amar. E foi isso que mudou tudo, o amor. Antes de tudo o amor prórpio, o amor próprio que me fez acreditar que eu podia me dar ber no emprego, o amor próprio que me fez pensar que o punk podia sim gostar de verdade de mim, porque não? Afinal as gordinhas também amam. E não da pra se ter tudo na vida não é? Não vou dizer que compenso falta de magreza com inteligencia e bom humor. Porque não tem nada a ser compensado. Eu não quero ser magrela e acabou e não tem nada de errado nisso, eu sou saudavel e acho meu corpo lindo. Aos 19 anos eu me encotrei, eu encontrei o cara que me faz feliz na cama, encontrei o amor por mim mesma, encotrei o emprego que me realiza. Obvio que tenho plano mirabolantes pros 20 anos, mas um passo de cada vez. 

2 comentários:

Verônica disse...

Fico contente quando me deparo com alguém jovem de conteúdo.
Adorei sua visita no meu blog. Convido vc a ler os posts anteriores...Que é o que vou fazer com o seu, a partir de agora.

Gosto como vc sabe conciliar maturidade com sua personalidade de menina... Nunca perca isso!

Beijos!

Alê disse...

Muito legal essa mudança toda, e o mais legal saber e estar preparada para tudo, e nao pense que parou por ai, ainda vem muita coisa, e continue com a saberia e muita calma nessa hora.