09 julho, 2008

são cinco e quinze.
o despertador toca.
os olhos se abrem.
começa o dia.
chuveiro rapido.
trocar de roupa,
serviço,pegar as crianças com o pai...
o ex-marido.Cretino,se pergunta como o amou,
deixa pra pensar nisso outro hora.
se enfia dentro da calça,
põe a blusa tão comum de todo o dia.
um sabado tipico.
um sonho tipico. ah,não,ela ja desistiu de sonhos.
ela sai apressada.
perde o onibus.
chinga,não sabe bem o que,mas chinga.
pega o proximo.
presisa andar 2 quarteirões.
finalmente chega.
esporro do patrão.
se pergunta "até onde vale a pena?"
horario do almoço,liga pra mãe
diz q vai se atrasar
pede pra buscar as crianças.
a mãe lamenta a filha.
Devia comer mais,vc anda tão magra.
ela desliga.
fim de espediente,
reunião final.
corre o risco de ser demitida
chora,mas chora pelos filhos.
vai pra casa
sorri por ve-los.
pergunta de novo se vale a pena tudo aquilo
abraça a mãe,
'diz que fica pro jantar?'
ela fica. afinal comida de mãe é sempre boa.
o dia termina, o medo do amanha não

Um comentário:

sblogonoff café disse...

Bom, eu diria que essa rotina é o próprio veneno antimonotonia!!Rs!
Mas é a sequência dos fatos que ensina, mesmo com os ônibus perdidos e o tempo escasso.
Lutar é isso ai! COmo a Coca-Cola!